As vendas e distribuição de combustíveis no Rio Grande do
Norte atingiu, em julho, o menor valor do setor nos
últimos 12 meses, segundo a Secretaria de Fazenda do Estado.
A atividade movimentou R$ 1,47 bilhão no sétimo mês do
ano, o equivale a uma queda de 23,6% em relação
ao mesmo mês do ano passado, quando foram negociados em torno de R$ 1,92
bilhão.
Os dados são da 45ª edição do Boletim Mensal da Fazenda
Estadual, elaborada pelo governo do estado.
Segundo o governo, o baixo desempenho na comercialização
de combustíveis no estado é verificado desde o início de 2023.
As vendas registraram sucessivas quedas desde janeiro,
chegando a um patamar abaixo dos R$ 50 milhões diários em julho, com um total
de R$ 47,5 milhões faturados por dia, o menor valor do ano.
Até dezembro, a movimentação diária do setor girava na
faixa dos R$ 60 milhões.
Para Maxwell Flor, presidente do Sindicato dos
Revendedores de Combustíveis do Rio Grande do Norte, há pelo menos dois fatores
que explicariam a baixa na venda ao longo dos últimos meses.
"Um dos fatores é o aumento do preço do produto. Se
o preço aumenta, as pessoas evitam comprar. Outro problema, nos últimos dois ou
três meses é a restrição nas vendas dos produtos, a oferta está menor",
explicou.
De acordo com o empresário, como a Petrobras estava trabalhando com o preço do diesel S-10 abaixo do valor do mercado internacional
- mesmo o país não sendo autossuficiente na produção - as distribuidoras
deixaram de importar o produto. "Não tem como comprar mais caro e vender
mais barato", justificou.
Dessa forma, ele afirma, muitos postos ficaram sem a
opção do produto. Maxwell ainda destacou que outro fator que pode justificar a
queda das vendas em julho são as férias nas escolas e universidades.
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