O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís
Roberto Barroso decretou o bloqueio de R$ 835 mil do ministro das
Comunicações, Juscelino Filho, para possibilitar a recuperação de valores
supostamente desviados da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Investigado pela Polícia
Federal no inquérito que apura desvios de emendas parlamentares via Codevasf,
Juscelino Filho teve indeferido um pedido de mandado de busca e
apreensão pelo ministro Luís Roberto Barroso, segundo informações da
apresentadora da CNN Raquel Landim.
Nesta sexta-feira (1º), a irmã
de Juscelino e prefeita de Vitorino Freire, no Maranhão, Luanna
Rezende, foi alvo de um mandado de busca e apreensão e de uma medida
cautelar de afastamento das funções durante a Operação Benesse da PF.
O ministro
também é investigado na mesma operação. Segundo apuração do repórter
da CNN Lucas Mendes, Barroso apenas deferiu medidas contra as pessoas que
ele considerou que havia elementos e indícios de crimes.
Havia
pedido da PF para entrar no apartamento funcional do ministro, para apreender
equipamentos, mas ainda com poucos elementos. O envolvimento de Juscelino,
conforme o andamento da investigação, era apenas apresentação de emenda. Por
essa razão foi negado o pedido da PF pelo STF.
Em
nota, a defesa de Juscelino negou qualquer irregularidade cometida pelo
ministro.
“Toda
atuação de Juscelino Filho, como parlamentar e ministro, tem sido pautada pelo
interesse público e atendimento da população. É importante ressaltar que
Juscelino Filho não foi alvo de buscas e que o inquérito servirá justamente
para esclarecer os fatos e demonstrar que não houve qualquer irregularidade.
Emendas
parlamentares, vale dizer, são instrumentos legítimos e democráticos do
Congresso Nacional e Juscelino Filho segue à disposição, como sempre esteve,
para prestar esclarecimentos às autoridades”, diz o comunicado.
CNN Brasil
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