Falando sob anonimato à
coluna de Roseann Kennedy no Estadão, ministros do STF demonstraram irritação com
as declarações da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (foto), defendendo a extinção
da Justiça Eleitoral.
Como
publicamos mais cedo, ao defender seu voto na PEC que anistia as dívidas
dos partidos, Gleisi alegou que a existência de cortes eleitorais é um “absurdo” e que as multas
aplicadas às siglas são “inexequíveis”.
“Gleisi passou dos limites. A
gente sabe que ela não é brilhante, mas deveria ter aprendido alguma coisa nos
últimos anos. Não ter compreendido o papel que a Justiça Eleitoral desempenhou
é absurdo”, declarou um dos integrantes do Supremo.
“Foi uma agressão sem
limites. Ela não percebeu que foi o TSE a instituição do país que segurou o
processo eleitoral”, afirmou outro ministro, referindo-se às ações
do tribunal contra as fake news e em defesa das urnas eletrônicas.
Sem citar a petista, o presidente da corte eleitoral,
Alexandre de Moraes, divulgou nesta quinta (21) uma nota
de repúdio dizendo que “a própria existência da
Justiça Eleitoral foi contestada por presidente de partido político, fruto do
total desconhecimento sobre sua importância, estrutura, organização e
funcionamento”.
“Ele [Moraes] precisava falar
mais alto para estancar esse debate imediatamente”, disse ao
Estadão um dos ministros.
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