A atuação de governadores do PT na segurança pública é
marcada por piora em índices de violência, pelo crescimento da letalidade
policial e pela adoção da mesma política de “guerra contra traficantes de
drogas” que lideranças petistas costumam criticar quando adotada por
adversários.
A segurança pública é a área com a pior avaliação do
governo entre os brasileiros, segundo pesquisa Atlas divulgada no fim de
setembro. Principal alvo das cobranças, o ministro Flávio Dino (PSB) acabou
absorto por outros temas e deixou o setor em segundo plano, além de entregar
postos-chave a aliados sem afinidade com o tema. A Secretaria Nacional de
Segurança Pública (Senasp) foi entregue a um político derrotado nas últimas
eleições e especializado em temas tributários.
Como revelou a Coluna do Estadão, Lula foi alertado de
que o governo perdeu o debate e o PT credita parte da culpa a Dino, cotado para
assumir a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria de Rosa
Weber. Sem nenhum projeto robusto na área e com o Centrão reivindicando o
desmembramento da Pasta, para criar o Ministério da Segurança Pública, o
governo Lula passou a ter um “telhado de vidro” frente a opositores como o
governador de São Paulo, Tarcísio de Freiras (Republicanos), um dos principais
nomes da direita.
A violência policial e a alta de homicídios são temas
caros ao PT, que reivindica a pauta dos Direitos Humanos e de políticas
sociais. Nos governos estaduais, porém, o partido costuma adotar os mesmos
expedientes que critica. O pesquisador em segurança pública Luís Flávio Sapori
diz que é falsa a crença arraigada de governantes de esquerda de que
investimentos sociais, por si só, resolverão o problema.
Estadão
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