Às vésperas do primeiro turno
da eleição presidencial, marcado para 22 de outubro, a Argentina bateu novo
recorde de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor divulgado pelo Indec,
o “IBGE argentino”, chegou a 138,3% no acumulado dos últimos 12
meses, registra a Folha.
É a maior alta de preços desde agosto de 1991, quando o
índice chegou a 144,4%. No IPC mensal, o aumento foi de 12,7%, a maior desde
fevereiro de 1991.
A crise econômica piorou em meio à campanha eleitoral no
país. Logo após as PASO (eleições primárias) de agosto, Sergio Massa, ministro
da Economia e candidato do governo peronista, determinou uma desvalorização de
21% no peso, medida acordada com o FMI para liberar desembolsos de um
empréstimo de US$ 44 bilhões.
De lá para cá, assinala o jornal paulistano, o chamado
dólar blue —que é ilegal na Argentina, mas é o mais usado— saltou de 685 pesos
para até 1.040 pesos; depois, caiu para 980 pesos. Entre outros efeitos, a alta
do dólar fez com que produtos sumissem das prateleiras dos supermercados
(foto).
Críticos do ultraliberal Javier Milei, o líder das
pesquisas, alegam que a perspectiva de que ele vença a eleição contribui para a
crise cambial. Milei já propôs acabar com o Banco Central argentino e o peso,
adotando a moeda americana como oficial.
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