O governo registrou rombo de R$ 92,6 bilhões nas contas
públicas no acumulado de janeiro a setembro de 2023, em valores corrigidos pela
inflação. O resultado é o pior desde 2020, quando houve deficit de R$ 850,2
bilhões ao seguir o mesmo critério.
De janeiro a setembro de 2022, houve superavit de R$ 37,9
bilhões ao considerar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo),
responsável por medir a inflação oficial do Brasil. Os dados são do Tesouro
Nacional.
Em valores nominais, o deficit está em R$ 93,4 bilhões no
acumulado dos 9 primeiros meses de 2023. O saldo primário é formado pela
subtração de receitas contra despesas, sem contar com os pagamentos com os
juros da dívida.
Em janeiro, o ministro Fernando
Haddad (Fazenda) se comprometeu com um deficit primário de R$ 100
bilhões, ou 1% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse
nesta 6ª (27.out) que há “pressões adicionais” criadas nas contas
públicas em 2023 que podem atrapalhar a meta. Mencionou impacto de ao menos R$
45 bilhões neste ano, que inclui:
Lei Complementar 201/2023 – compensação aos Estados,
R$ 20 bilhões;
variação cambial e IGP (Índice Geral de Preços) – perda
de arrecadação de R$ 25 a R$ 30 bilhões.
Ceron também mencionou que havia a expectativa de
arrecadar R$ 50 bilhões com o Carf (Conselho Administrativo de Recursos
Fiscais) em 2023, mas que só deve chegar a R$ 10 bilhões.
O economista declarou, porém, que a equipe econômica
trabalhará para atingir o resultado estimado. “Nada muda em relação à
perseguição dos objetivos”, disse em entrevista a jornalistas.
Poder 360
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