A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do RN
(FECOMÉRCIO/RN) volta a se pronunciar sobre projeto de lei que mantém a
alíquota do ICMS em 20%. A matéria foi enviada à tarde desta quarta-feira (18)
à Assembleia Legislativa pela governadora Fátima Bezerra (PT).
A entidade cobra discussão sobre o tema e afirma que
erário teve compensação financeira de perdas. Houve “saldo superior a R$
250 milhões” nos últimos 12 meses.
O aumento de 18 para 20% ocorreu no fim de 2022
e passou a vigorar em 1º de abril. Pelo texto da matéria, deveria
permanecer até 31 de dezembro, voltando a 18% em janeiro de 2024. Mas, o
governo quer tornar a alíquota de 20% permanente, ainda alegando perdas do ICMS
em 2022, com lei complementar federal da gestão Jair Bolsonaro, que achatou
para 18% a alíquota sobre gás natural, energia elétrica, combustíveis,
comunicações e transporte coletivo.
Veja abaixo nota que a Fecomércio divulga:
Mais uma vez com surpresa, a Fecomércio RN tomou
conhecimento, por meio da imprensa, do envio à Assembleia Legislativa, pelo
Governo do Estado, de um projeto de Lei que mantém a alíquota do ICMS em 20%.
Nossa entidade tem buscado manter uma postura
propositiva, de diálogo aberto e construção de soluções. Lamentamos que o Setor
Produtivo não tenha sido novamente ouvido pelo executivo estadual no contexto
desta medida.
Considerando o impacto de tal projeto para a sociedade
como um todo, seus efeitos para o ambiente do empreendedorismo, consumo das
famílias e manutenção de empregos no nosso estado, enviamos documento a todos
os deputados, solicitando que este tema possa ser debatido com profundidade
junto a todas as esferas impactadas.
A Fecomércio RN tem todo interesse de contribuir e
participar ativamente desta discussão na casa legislativa estadual, pois, na
condição de legal representante dos segmentos do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo, somos contrários à manutenção dessa alíquota.
Dados da própria Sefaz-RN mostram que, em doze meses, não
houve perda efetiva de ICMS no contexto global, visto que, apesar da queda de
R$ 366 milhões na arrecadação das “Blue Chips”, houve aumento de R$ 617 milhões
no total. Ou seja, o crescimento nos demais segmentos deixou um saldo superior
a R$ 250 milhões, mais que suficiente para a compensação.
Aumento de imposto se reflete diretamente em diminuição
de consumo. Vivemos em contexto do crescimento de endividamento e inadimplência
da população potiguar, tendo o nosso estado apresentado resultados acima da
média nacional nestes itens.
É urgente um olhar mais amplo e profundo, que permita
medidas sustentáveis e que não penalizem a população, como tem acontecido. A
sociedade não suporta mais pagar essa conta!
Carlos Santos
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