O diretor executivo da Federação do Comércio de Bens, Serviços
e Turismo do Estado do RN (Fecomércio), Laumir Barreto, se posicionou de forma contrária
à manutenção da alíquota de 20% do ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços) no Rio Grande do Norte. Em entrevista ao AGORA RN, ele afirmou que, ao invés de aumentar a carga tributária, o
governo deve focar em cortar despesas e buscar outras fontes de receita que não
prejudiquem o setor produtivo.
Barreto ressaltou que o aumento da carga tributária é uma
abordagem inadequada para a situação fiscal do estado, uma vez que acaba por elevar
os preços dos produtos e serviços, levando à redução do consumo e,
consequentemente, a uma diminuição das vendas. Esse ciclo pode resultar em um
impacto negativo na arrecadação e na economia do estado.
“A Fecomércio RN entende que a medida do aumento dos tributos
para equilibrar as receitas do estado é equivocada. O Rio Grande do Norte é o
estado com o maior percentual de sua Receita Corrente Líquida comprometido com
pagamento de pessoal. Entre agosto do ano passado e agosto deste ano, este
comprometimento atingiu quase 60%. Antes de tudo, entendemos que é importante
trabalhar em alternativas de aumento da receita”.
De acordo com Barreto, a Fecomércio propõe alternativas
para aumentar a receita, como a regulamentação da lei das Parcerias
Público-Privadas (PPPs), incentivos para demissões voluntárias, busca de
financiamentos com condições vantajosas e até mesmo privatizações.
O diretor executivo lembra que a lei das PPPs foi aprovada,
mas até agora o Governo não se manifestou sobre a regulamentação por meio de um
decreto. Segundo ele, essa é uma das possíveis alternativas, junto ao Programa
de Recuperação Fiscal, que pode auxiliar o Estado em melhores índices de
arrecadação.
“A regulamentação da Lei das PPPs já aprovada pela Assembleia
Legislativa nos parece um caminho interessante. O governo tem anunciado também
que aderiu ao Plano de Recuperação Fiscal dos Estados. Através dele, o governo
poderia trazer recursos para financiamento a condições diferenciadas e até
antecipação de receitas para eventuais vendas de participação do governo do
estado em empresas”, disse.
Segundo o diretor executivo, desde o aumento da alíquota
modal em 20% de forma temporária, as vendas de varejo no RN em comparação a
estados vizinhos praticamente estagnaram. Período que, inclusive, o estado tem
historicamente uma elevação das receitas devido a períodos festivos.
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