O Grupo de Antissuborno da Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou ontem, 19, o relatório da 4ª fase da
avaliação do Brasil em relação ao cumprimento da Convenção contra o Suborno
Transnacional da OCDE.
Além do impacto na segurança jurídica dos acordos de
leniência no país, a OCDE manifestou preocupação com as consequências dessa
decisão para a capacidade dos investigadores brasileiros de cooperarem
internacionalmente, uma obrigação dos países signatários da Convenção.
O relatório reforça questionamentos sobre a independência
efetiva dos agentes da lei no Brasil. Nesse sentido, a OCDE recomenda que o
país adote medidas para proteger a Procuradoria-Geral da República (PGR) de
politização e percepção de politização, além de fortalecer garantias contra
possíveis vieses políticos por parte dos agentes de aplicação da lei, bem como
contra o uso arbitrário de medidas disciplinares ou outras formas de retaliação
contra procuradores envolvidos em ações anticorrupção sensíveis.
Crusoé
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