O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,
vetou o art. 4º do Projeto de Lei 334/2023, que estabelece a redução para 8%
das alíquotas das contribuições sociais a serem pagas ao Regime Geral de
Previdência Social (RGPS) pelas cidades com população de até 156,2 mil
habitantes. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) e o movimento
municipalista, que trabalharam incessantemente pela aprovação da matéria na
Câmara e no Senado, lamentam a decisão do governo federal e pedem o apoio dos
gestores para intensificar a atuação conjunta pela derrubada do veto no
Congresso Nacional. O veto foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira,
24 de novembro.
Se for derrubado o veto, a medida sugerida pela entidade
municipalista aos parlamentares e inserida no texto da proposta deve significar
economia de R$ 11 bilhões por ano para mais de 4 mil Municípios. Para isso, o
presidente da CNM, Paulo Ziulkoski solicita aos prefeitos que entrem em contato
com os deputados e senadores da bancada do seu Estado e peçam a derrubada. Isso
será fundamental para garantir que as prefeituras tenham mais condições fiscal
e financeira na Previdência Social, considerada pelo líder municipalista como
um dos principais gargalos da administração municipal.
O presidente da CNM esteve reunido com os presidentes da
Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, além de outros deputados e
senadores, enquanto o Projeto de Lei 334/2023 tramitou no Congresso Nacional. O
líder municipalista também enfatizou a urgência do avanço do pleito ao
presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião com o governo
federal que ocorreu durante a instalação do Conselho da Federação.
Na ocasião, o presidente da CNM ressaltou a necessidade
de avanços em questões estruturais ao tratar a demanda prioritária com o chefe
do Executivo. Após a aprovação do Projeto de Lei 334/2023 na Câmara e no
Senado, o presidente da CNM reforçou o pedido de sanção do art. 4º em ofícios
encaminhados ao Palácio do Planalto.
Antes desse encontro, o Projeto de Lei 334/2023 tinha
sido aprovado na Câmara dos Deputados com mudanças e seguiu para a análise dos
senadores. Os deputados federais haviam alterado a regra para os Municípios,
escalonando a redução entre 8% e 18% de acordo com o Produto Interno Bruto
(PIB) de cada cidade e com validade até 2027.
No início de outubro, durante Mobilização Municipalista
convocada pela CNM e que contou com a participação de cerca de dois mil
gestores em Brasília, a força mostrada pelo movimento municipalista foi fundamental
para a decisão de rejeição das mudanças pelos senadores. Os parlamentares
daquela Casa retomaram o substitutivo com o recorte de Municípios por população
de até 156,2 mil habitantes – posição defendida pela CNM - e sem prazo de
validade.
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