Presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, o
deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS)
cobrou formalmente explicações sobre a morte de Cleriston Pereira da Cunha, réu do 8 de
janeiro detido no Complexo Penitenciário da
Papuda.
“Há mais de 10 meses preso
provisoriamente em razão do 8/1, com parecer do MPF pela soltura, CLERISTON DA
CUNHA morreu no interior da Papuda. Laudo Médico atestava que ele tinha risco
de morte. Réu primário. Sem individualização de conduta”, publicou
o deputado em seu perfil no X, antigo Twitter, completando: “Alguém terá que ser responsabilizado”.
Junto com a mensagem, o deputado publicou a imagem
de ofício que endereça à juíza Leila Cury, da Vara de
Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Cleriston tinha 46 anos e teve um “mal súbito” após o banho de sol
desta segunda-feira, 20.
De acordo com a Vara de Execuções Penais, Cunha sofria de
diabetes e hipertensão e utilizava medicação controlada. Ele passou por seis
atendimentos médicos entre janeiro e maio, além de ter sido encaminhado para o
Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em maio.
Cleriston foi preso dentro do Senado no dia 8 de janeiro
e estava detido desde então. Em abril, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por
cinco crimes e tornou-se réu. Ainda não havia previsão de quando ele seria
julgado.
Para o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), a morte do réu “materializa
o absurdo da ausência do devido processo legal e da burocracia que vem
cerceando direitos dos presos pelos atos de 8 de janeiro”.
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