O Rio Grande do Norte apresenta a maior variação
acumulada na arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS) entre os estados do Nordeste. Ao todo, o percentual de aumento foi de
5.7%, número superior ao apresentado por Alagoas (4,9%) e Piauí (3.4%), até
agosto deste ano.
O aumento, contudo, não ocorreu por conta da manutenção
da alíquota do ICMS em 20%, mas principalmente pela contribuição do imposto que
incide sobre os combustíveis a partir de junho. De janeiro a setembro deste ano,
o Estado arrecadou R$ 630 milhões a mais em relação ao mesmo período do ano
passado. Desse total, nos últimos quatro meses, metade foi dos combustíveis.
Os dados são da pesquisa realizada pela Fecomércio/RN. O
objetivo do encontro foi discutir junto a representantes da casa legislativa,
Governo do Estado, prefeituras, setor produtivo e lojista a proposta de
manutenção da alíquota do ICMS em 20% para 2024. O texto tramita na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) edepois seguirá para avaliação na
Comissão de Finanças e Tributação (CFF), de onde deve partir para votação em
plenário.
Embora a Secretaria de Fazenda do Rio Grande do Norte
(Sefaz) argumente que o Estado pode perder cerca de R$ 700 milhões em 2024 sem
a manutenção da alíquota, a pesquisa da Fecomércio evidencia que a permanência
do atual percentual não é uma garantia de aumento para a arrecadação do Estado.
O que tem gerado aumento na arrecadação do Estado, sobretudo, é o aumento de
uma alíquota específica sobre combustíveis.
Apenas em setembro, foram mais de R$ 120 milhões de
arrecadação de ICMS exclusivamente com combustíveis, afirma William Figueiredo,
consultor de economia da Fecomércio.
Tribuna do Norte
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