O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta
terça-feira (26) que, a partir do próximo ano, haverá reoneração dos impostos
federais sobre no óleo diesel. O ministro disse, porém, que a expectativa é de
que o corte feita pela Petrobras compense a volta dos impostos que serão
cobrados a partir de 1º de janeiro.
— A partir do dia 1º de janeiro tem a reoneração do
diesel, e essa reoneração que vai ser feita conta com um impacto de pouco mais
de 30 centavos. O impacto da redução do preço anunciado pela Petrobras será de
mais de 50%. Se você comparar o preço do diesel, vai ter uma queda no preço,
mesmo com a remuneração é bom ficar atento. A Petrobras anunciou ontem um
segundo corte que mais do que compensa a remuneração do mês de janeiro. É para
ficar atento. Quando vier algum argumento de aumento de preço, não tem nada a
ver. — disse o ministro.
Essa será a última fase da reoneração, quando o diesel
terá alta de R$ 0,22 por litro. Com isso, a incidência do PIS/Cofins voltará a
ser integral, de R$ 0,35 por litro. Os impostos federais sobre a gasolina já
foram totalmente restabelecidos em junho.
O aumento do imposto ocorre primeiro no momento da venda
do combustível pelas refinarias às distribuidoras, que, por sua vez, fazem o
repasse aos postos de combustíveis.
A Petrobras anunciou nesta terça-feira, uma redução de R$
0,30 por litro no preço do diesel tipo A para as distribuidoras, que passará a
ser de R$ 3,48 por litro, válido a partir desta quarta-feira.
Os impostos PIS e Cofins do diesel e da gasolina estavam
zerados desde 2022, quando a retirada dos tributos federais foi adotada pelo
governo de Jair Bolsonaro para tentar aliviar o impacto da disparada do preço
do petróleo na inflação em meio à campanha eleitoral. Quando assumiu o comando
do país, em janeiro, o presidente Lula prorrogou a isenção dos combustíveis. A
gasolina já foi reonerada e o diesel segue um calendário gradual até o fim
deste ano.
O Globo
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