O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) aprovado nesta terça-feira (19) pelo Congresso traz a
previsão de salário mínimo de R$ 1.413, 7% superior ao atual, de R$ 1.320, e
maior do que os R$ 1.389 inicialmente anunciados pelo governo. O valor do salário
mínimo é usado como base para benefícios previdenciários e assistenciais
federais, como aposentadorias e benefícios para pessoas com deficiência de
baixa renda.
Houve apenas uma alteração ao parecer aprovado pela
Comissão Mista Orçamentária (CMO) na última quarta-feira (13). Trata-se de uma
emenda que impede o governo de destinar verba para incentivar ou financiar a
invasão ou a ocupação de propriedades rurais privadas, cirurgias em crianças e
adolescentes para mudança de sexo, além da realização de abortos, exceto nos
casos autorizados em lei.
O projeto foi votado com seis meses de atraso e prevê
metas e prioridades do governo federal, despesas para o ano seguinte,
alterações na legislação tributária e a política de aplicação nas agências
financeiras de fomento.
Com base na LDO, o Congresso analisa a Lei Orçamentária
Anual (LOA) de 2024 na Comissão Mista de Orçamento (CMO), em reunião marcada
para as 10h desta quarta-feira (20). Na quinta-feira (21), o tema deve ser
debatido e votado no plenário do Congresso.
O relatório também prevê o resultado primário zero para o
próximo ano, com margem de tolerância de 0,25% para mais ou para menos. Assim,
o governo pode encerrar 2024 com déficit primário de 0,25% do PIB ou superávit
de 0,25%.
Durante a votação, houve um destaque para tentar alterar
a meta fiscal para 1% do PIB, o que possibilitaria um déficit de R$ 115 bilhões
nas contas públicas. No entanto, a sugestão não foi acatada pelos
parlamentares. Com a decisão, na prática, a equipe econômica poderá apresentar
um déficit ou superávit de R$ 28,75 bilhões sem ferir a meta fiscal,
considerando a margem de tolerância prevista no parecer aprovado.
Fonte: R7.
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