Entre as inúmeras promessas feitas por Lula durante a
campanha de 2022 estava o clássico de que “o
pobre”, essa figura mitológica do folclore petista, iria voltar a andar de avião caso ele fosse eleito.
Não aconteceu em 2023, entre outras promessas do presidente e de seus
ministros.
A “volta do pobre” aos
aviões brasileiros ficou nas mãos de Márcio
França por alguns meses. O primeiro ministro de Portos e
Aeroportos do governo Lula lançou a ideia do programa Voa Brasil, que proporcionaria,
por mês, a magia de até 1,5 milhão de passagens a 200 reais.
Por motivos de Centrão, França deixou o Ministério para
uma pasta menor ou micro, antes de ver seu programa decolar.
Coube, então, a Silvio Costa Filho tentar tirar o programa do chão, num ano em que os preços
das passagens aéreas dispararam mais de 20% no Brasil.
O que mais faltou?
O Estadão destacou, em reportagem publicada na
quarta-feira, 27, outras promessas não cumpridas pelo governo:
“Uma MP editada por Lula em julho prometia zerar as filas
do INSS, mas não surtiu o efeito esperado. E o desmatamento zero até 2030,
apesar do prazo extenso, encontra-se com a viabilidade ameaçada por conta da
onda de queimadas que afetou a região da Amazônia em 2023.”
Também ficou para 2024 ou 2025, 2026… a
prometida regulamentação do trabalho por aplicativos, capitaneada
pelo Ministério do Trabalho de Luiz Marinho.
Sem conseguir se entender com empresas como iFood e Uber, o ministro anunciou que o
governo vai propor a regulamentação ao Congresso Nacional.
“O ministro Marinho, em
entrevista coletiva concedida em 21 de dezembro, alega que os aplicativos de
entrega ainda não contam com um acordo porque ‘as empresas não fizeram proposta
que correspondesse aos anseios e às necessidades que os trabalhadores colocaram
na mesa’. Na ocasião, Luiz Marinho ressaltou que a regulamentação ‘não é um
acordo com o governo’, mas sim um acerto entre as partes. “O governo é
estimulador e intermediador’, ponderou”, registrou o Estadão.
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