Uma dívida de R$ 6 milhões do Governo do Rio Grande do
Norte junto aos médicos da Cooperativa Médica do RN (Coopmed) provocou a
paralisação parcial dos médicos da cooperativa em diversos hospitais públicos
do Estado. Em Natal, a paralisação teve pouco impacto no atendimento do
principal centro de urgência e emergência do Rio Grande do Norte, o Hospital
Monsenhor Walfredo Gurgel. A mesma condição foi observada no Hospital Geral Dr.
João Machado.
Em entrevista à Tribuna do Norte, o diretor da
Coopmed-RN, Drº. Luís Eduardo Barbalho, explicou que os repasses estão em
atraso desde junho deste ano, resultando na dívida milionária. Ele disse ainda
que os profissionais só retomarão suas atividades quando houver uma
“sinalização” de pagamento por parte da Secretaria de Estado da Saúde Pública
do RN (Sesap). Contudo, as negociações encontram-se estagnadas.
“Estamos falando de um serviço extremante essencial, que
é a saúde. Como é que um médico pode cuidar das pessoas se estão sem receber
seus salários há meses? São trabalhadores como qualquer um outro. Eles precisam
ter o seu pagamento regularizados. Além disso, estamos até fazendo acordos de
parcelamentos de atrasados. Qual é a outra profissão onde isso acontece? Isso
abre um precedente perigoso, porque as pessoas vão procurar outros setores,
como o privado, e vamos ter falta de profissionais para cobrir escalas. Ninguém
vai querer dessa maneira”, ressaltou
De acordo com o diretor da Coopmed/RN, os serviços de
saúde mais prejudicados nos hospitais regionais serão as cirurgias gerais,
vasculares, torácicas, clínica médica e regulação.
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