O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
afirmou nesta quarta-feira, 20, que pretende avançar no ano que vem com a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição no Brasil.
Além da regulamentação da reforma tributária, Pacheco afirmou que a discussão
sobre a reeleição será uma das prioridades da Casa no primeiro
semestre de 2024.
“Nós tivemos um ano muito
produtivo e temos desafios para o ano que vem. Nós temos uma pauta que eu
considero importante que é a discussão sobre a reeleição no Brasil. Está no
momento da gente fazer uma reflexão se a reeleição foi positiva para o
Brasil”, disse Pacheco.
Segundo o presidente do Senado, a PEC sobre a reeleição
vai na linha das propostas discutidas pela Casa que tratam sobre o “equilíbrio dos poderes”. “Existe uma série de medidas sobre o equilibro
de poderes, assim como foi a PEC das decisões monocráticas e a discussão sobre o
mandato dos ministros do STF. Claramente respeitando o que for vontade da
maioria, mas acho que são transformações positivas para a sociedade”,
completou Pacheco.
O que é a
PEC da reeleição?
A reeleição dos presidentes, governadores e prefeitos foi
uma novidade instituída em 1997. Em discussão no Senado, a PEC de autoria do
senador Jorge Kajuru (PSB-GO) acaba com essa possibilidade e aumenta os
mandatos para cargos executivos de quatro para cinco anos.
O texto original da PEC, ainda sem relator, prevê em seu
segundo artigo que a nova regra não alcançaria o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e os atuais governadores. Ou seja, o artigo serve de cláusula de
transição e instrumento para vencer resistências de parlamentares aliados dos
chefes de governo hoje com direito à reeleição.
Pacheco acredita que essas mudanças seriam importantes
para evitar um “estado eleitoral permanente” e
permitir que os mandatários tomem decisões sem se preocuparem com a busca por
popularidade.
O Antagonista.
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