Após amargar derrota no plenário da Assembleia
Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN), com a desaprovação do aumento da
alíquota do ICMS, mantendo o percentual de 18%, o secretário da Fazenda, Carlos
Eduardo Xavier, anunciou que o governo do Rio Grande do Norte planeja reavaliar
os incentivos fiscais concedidos a empresas. Ele disse que o estado pode
revisar o benefício fiscal fornecido na aquisição de combustíveis por empresas
de transporte de passageiros, impactando potencialmente no preço das passagens
de ônibus. O secretário também afirmou que não há viabilidade para “enxugar” a
máquina pública, reduzindo o número de cargos comissionados.
“Nós fizemos uma ampla revisão de benefícios fiscais ao
longo do primeiro mandato da governadora Fátima Bezerra, dentre eles,
concedemos uma renúncia para o diesel para empresas de transporte público.
Nesse contexto, a gente pode ter que rever isso, o que pode pressionar o valor
da tarifa desse transporte. Desde a rejeição da proposta e manutenção da
alíquota em 20%, que era nosso plano ‘A’, por determinação da governadora, a
secretaria da Fazenda vem estudando medidas que possam mitigar os impactos
dessa reprovação da manutenção da alíquota, e uma delas, que está a mesa, onde
várias estão, para a gente poder manter a projeção de receita no ano que vem, é
a revisão dos benefícios fiscais, que é uma pauta que implantamos em 2019, de
modernizar toda a nossa política de benefícios fiscais e, agora, vamos avaliar
os que vamos manter ou não, principalmente, no que diz respeito ao regime
especial de atacado, querosene de aviação e outros benefícios que foram
concedidos”.
Cadu Xavier afirmou também que o Rio Grande do Norte não passará por uma reforma administrativa que resulte na redução do número de cargos comissionados.
“Isso é um mito que vem sendo discutido no Rio Grande do
Norte ao longo dos anos, de que o estado precisaria passar por uma reforma
administrativa para reduzir a estrutura da quantidade de secretarias, número de
cargos comissionados. Isso é uma falácia. Temos há muito tempo um dos menores
quadros de cargos comissionados do país, com valores de remuneração muito
inferiores à média nacional, em relação aos cargos comissionados”.
E completou: “Não há hipóteses, no ponto de vista dos
cargos comissionados, de enxugarmos ainda mais, porque a gente sabe da importância
desses cargos para que a gestão avance em diversas pastas de interesse da
população. Não tem onde enxugar. Esse peso é menos de 1% do total da folha de
pagamento do estado”, concluiu.
0 comentários:
Postar um comentário