Após tirar professores da sala de aula, lotando a
secretaria de Educação com professores em desvio de função, e deixar milhares
sem local de trabalho, a SEEC decidiu cobrir o rombo pelas salas vazias criando
o cargo de “professor voluntário”.
A Portaria assinada pela secretária Socorro Batista
define que que a SEEC vai pagar bolsas de até R$ 2.400,00 para as direções de
escolas que sofrem com “insuficiência na carga horária”.
Mas quais são os critérios para isso?
O documento não apresenta nenhum critério para a
contratação desses professores. Não informa quem pode se candidatar, quem pode
ocupar essas vagas.
Vai ser o primeiro a chegar? Terá uma fila? Precisar ser
formado para dar a aula? Vai ser por indicação política? O que a direção da
escola vai usar como avaliação para essa contratação?
Terá edital público? Haverá seleção ou convocação?
E a transparência com o dinheiro público?
A SEEC também não informa como chegou ao valor de até R$
2.400,00, e utilizará o Fundo Estadual da Educação. Como será a prestação de
contas desses valores?
Valores:
- – Insuficiência até cinco (5) aulas o valor de R$ 600,00;
- – Insuficiência até dez(10) aulas o valor de R$ 1.200,00;
- – Insuficiência de até quinze(15) aulas o valor de R$ 1.800,00;
- – Insuficiência de até 20 aulas o valor de R$ 2.400,00.
Não faltam professores, falta professores nas salas de
aula:
Na Educação existem 10 mil professores na sala de aula,
desses 3 mil são temporários e apenas 7 mil são efetivos.
Enquanto isso cerca de 3 mil estão sem nenhuma lotação.
E 5 mil professores estão em desvio de função.
É exatamente esses professores que deveriam estar dando
aulas, ao invés da SEEC criar um novo cargo e onerar ainda mais os cofres
públicos, sem nenhum critério.
SINSP vai à Justiça
O SINSP vai apresentar denúncia ao Ministério Público, ao
Tribunal de Contas do Estado e acionária a Justiça para derrubar essa Portaria.
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