O ano de 2023 entrou para a história como o mais quente
já registrado, deixando a Terra à beira do seu “limite seguro” para evitar as
consequências mais graves das mudanças climáticas.
O relatório do observatório europeu Copernicus, divulgado nesta terça-feira
(9), revelou que o planeta ficou em média 1,48°C acima do nível pré-industrial
(estabelecido entre 1850 e 1900), muito perto de 1,5ºC, o chamado “limite
seguro”.
Esse limite foi definido no Acordo de Paris para ser
alcançado até o final do século, e a previsão inicial era a de que não seria
atingido antes de 2030. No entanto, o aumento contínuo das emissões de gases de
efeito estufa tem acelerado esse processo.
No ano passado, todos os dias ultrapassaram a marca de
1°C acima do nível pré-industrial, com picos alarmantes de 2°C em novembro.
Desde a era pré-industrial, a partir de quando as emissões de poluentes
passaram a afetar significativamente o clima global, a quantidade de CO2 na
atmosfera aumentou mais de 50% – índice que continua crescendo.
Como consequência disso, o aquecimento global tem deixado
o nosso planeta mais quente, causando uma série de problemas e intensificando
fenômenos naturais, como as ondas de calor cada vez mais frequentes.
Segundo especialistas, o aumento das ondas de calor nestes
últimos meses é atribuído ao agravamento da crise climática e ao fenômeno El
Niño, conforme indicam dados do Inpe.
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