Um grupo de integrantes do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) invadiu uma área que pertence ao projeto do Distrito
Irrigado do Baixo-Açu (Diba), na região do Vale do Açu, no último dia 12. As
informações são do presidente do Diba, Michel Cosme, que pediu ao Governo do
Estado a retirada dos invasores do local. De acordo com ele, o grupo é pequeno
– cerca de 22 pessoas – e reivindica a instalação de um programa de
assentamento na região. O temor, de acordo com Michel Cosme, é em relação aos prejuízos
que podem afetar os produtores do Distrito.
O Diba é uma área de produção por irrigação com 9 mil hectares de terra e
estrutura consolidada para 6 mil hectares de perímetro irrigado, pertencente ao
Governo do Estado. Segundo Michel Cosme, o grupo invadiu um trecho onde
funcionou a parte administrativa da empresa que construiu o projeto. A região
fica próxima ao início do canal de irrigação, de onde é distribuída a água
utilizada pelo Distrito. O insumo é custeado pelos produtores. “Eles, os invasores, estão se aproveitando dessa água sem nenhuma contrapartida. Além disso, existe
o risco de, a qualquer momento, fecharem o canal, o que pode afetar a produção
de forma seríssima”, alerta o presidente do Diba.
Segundo o gestor, mais de mil hectares, localizados após o canal, podem sofrer
os impactos com o risco de fechamento. “Se isso acontecer, estaremos falando de
um prejuízo gigante, de R$ 50 milhões”, calcula Cosme. Ele afirma que as
invasões na área são recorrentes e detalha que existe outro grupo instalado às
margens da BR-118, em um trecho vizinho ao Diba, o que faz aumentar o receio de
novas ocupações nas terras do projeto. Ele conta que são cerca de 80 pessoas em
barracos na rodovia federal.
“Esses grupos querem ser assentados na região, então, esta é uma forma de
pressionar por isso”, afirma. Preocupada, a administração do Diba comunicou a
situação ao Governo do Estado, por meio de ofício enviado à Secretaria de
Agricultura (Sape) e à Procuradoria Geral (PGE-RN), duas vezes, nos dias 15 e
25 de janeiro. “Pedimos à PGE e à Sape a retirada dessas pessoas para que elas
aguardem o processo de assentamento das terras, mas ainda não tivemos retorno”,
afirma Michel Cosme.
Veja mais aqui.
0 comentários:
Postar um comentário