O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), sancionou, nesta terça-feira (2), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
de 2024, vetando trechos como o que previa uma ampliação obrigatória de
prioridades para ações nas áreas sociais, da saúde, ensino e até de combate à
fome.
E ainda vetou uma emenda, nº 30880002, que vedava verbas
que incentivassem invasões de terras, “ideologia de gênero” nas escolas,
cirurgias de mudança de sexo em crianças e adolescentes e aborto ilegal.
Ao justificar o veto à ampliação obrigatória de
prioridades de ações sociais, Lula argumentou que a proposta contraria o
interesse público, por dispersar esforços do governo para melhorar execução,
monitoramento e controle de metas já fixadas.
No caso da emenda nº 30880002, o petista considerou que a
própria LDO já não previa gastos nos temas citados pela proposição de
parlamentares de direita, já rejeitada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO),
pelo relator da proposta, o deputado Danilo Forte (União-CE).
Lula também argumentou que o texto da emenda também
traria forte insegurança jurídica, pela vedação feita de forma vaga a despesas
que “direta ou indiretamente, promovam, incentivem ou financiem” tais condutas.
E citou ainda que as proibições não seriam passíveis de serem verificadas nas
programações orçamentárias de forma detalhada.
Aprovada em 19 de dezembro de 2023, a LDO é uma das
etapas para a definição das linhas gerais da destinação do Orçamento Geral da
União, que o governo brasileiro terá à disposição no ano seguinte. Na
sequência, em 22 de dezembro, foi aprovada a Lei Orçamentária Anual (LOA), com
receitas e despesas de R$ 5,5 trilhões para este ano de 2024.
Diário do Poder
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