Com a entrada em vigor do teto para os juros cobrados no
cartão de crédito rotativo, consumidores têm se questionado sobre como serão
impactados. A limitação, que começa a valer nesta quarta-feira (3/1), estipula
que o juro acumulado não pode exceder o valor original da dívida.
O que é o rotativo do cartão
de crédito?
O rotativo é uma linha de crédito pré-aprovada no cartão.
Ela é acionada por quem não pode pagar o valor total da fatura na data de
vencimento. Em caso de inadimplência do cliente, o banco deve parcelar o saldo
devedor ou oferecer outra forma de quitação da dívida, em condições mais
vantajosas, em um prazo de 30 dias.
Como vai funcionar agora?
Com a nova regra, o valor total cobrado nos juros dos
cartões de crédito rotativos não poderá exceder o valor original da dívida. Por
exemplo, se R$ 1 mil entram no rotativo, o banco poderá cobrar, no total,
outros R$ 1 mil em juros e encargos.
Segundo a norma, o valor original da dívida é definido
como:
“O saldo das operações de crédito rotativo ou de
parcelamento de fatura concedidas para o financiamento do saldo devedor da
fatura, vinculadas à respectiva conta de pagamento pós-paga, devendo ser
apurado toda vez que for concedida nova operação de crédito para financiamento
do saldo devedor da fatura”.
Qual é o período abarcado
pela nova regra?
A regra é aplicada para débitos realizados a partir de
janeiro deste ano.
Há alguma mudança no tempo em
que o cliente pode ficar no rotativo?
Não. Segue a mesma regra vigente desde 2017, quando o
Banco Central impediu o cliente de ficar mais de 30 dias no rotativo. Depois
desse período de um mês, a instituição financeira ainda será obrigada a
oferecer outra linha, com condições mais vantajosas do que a praticada no
crédito rotativo.
Há alterações no parcelado
sem juros?
Não. Apesar de um limite ao número de parcelas ter sido
debatido, não houve mudanças nesse sentido.
Como vai ficar a
portabilidade da dívida?
O Conselho Monetário Nacional também autorizou a
portabilidade gratuita da dívida do cartão de crédito rotativo, porém essa
mudança só vai vigorar a partir de julho de 2024.
Metrópoles
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