Olho D'água do Borges/RN -

Advogado eleitoral acusa Moraes de querer acabar com a profissão

 

O advogado eleitoral Everardo Gueiros criticou a falta de atuação da Ordem Brasileira dos Advogados (OAB) em relação à decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de impedir que advogados alvos da operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF)) dialoguem entre si.

Everardo acusa Moraes de infringir e atacar as regras processuais. Além de querer“acabar com a profissão (direito)” , classifica como “lamentável” e “absurda” a decisão do ministro. E ainda alega que como o ministro Alexandre de Moraes “em todas decisões se coloca como parte e é diretamente interessado, não pode ser o relator do processo”, e ainda exige que Moraes “abra mão da relatoria e respeite a lei” e “deixe um juiz isento julgar a causa”. “Não o senhor que tem interesse no resultado da demanda”. 

O membro da OAB afirma que os advogados estão passando por esse “absurdo” com o judiciário pelo “fato da OAB não estar fazendo o trabalho dela”. Ainda questiona como os advogados vão trabalhar sem poder comunicar-se. 

Ele critica também a nota da OAB que protocolou uma petição no STF para derrubar a proibição de comunicação entre advogados, publicada nesta manhã (09). “Eu vi uma nota feita pelo presidente da OAB, Beto Simonetti que vai fazer um pedido ao ministro Alexandre de Moraes para que os advogados possam se comunicar. O fato é que nós só chegamos nesse absurdo porque a OAB não faz o trabalho dela, porque o presidente nacional da OAB não cumpre sua obrigação, porque o Délio Lins e Silva Jr presidente seccional da OAB no Distrito Federal não cumpre sua obrigação. Por isso não temos mais prerrogativas.”

Everardo clama para os colegas advogados para que fiquem unidos por observar uma tentativa de acabar com a advocacia. “Estão acabando com a nossa profissão, estão vilipendiando o direito de defesa das partes. Não é possível permanecer dessa  forma. Se o Judiciário quer investigar, que investigue mas tolhe o nosso exercício profissional, isso não é possível”. 

E explica que “todos são passíveis de investigação e responder pelos atos que praticou, mas num processo judicial justo, limpo e isento” e diz “que não tem acontecido no judiciário”.  

 Diário do Poder

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