Técnicos do
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE-RN) recomendaram a
desaprovação de mais uma prestação de contas apresentada por Carlos Eduardo
Alves (PSD) quando era prefeito de Natal.
O parecer dos
técnicos da Diretoria de Administração Municipal (DAM) é para que seja
reprovada, agora, a prestação de contas de 2017.
Até agora, duas
prestações de contas de Carlos Eduardo já foram desaprovadas pelo tribunal:
2015 e 2016. O ex-prefeito recorreu das duas decisões.
Se a
desaprovação de algumas das contas se confirmar ao fim dos processos, Carlos
Eduardo pode se tornar inelegível. Depois do trâmite no TCE, a Câmara Municipal
é que dá a palavra final sobre o assunto. Para que um parecer do Tribunal de
Contas seja derrubado, é necessário o voto de dois terços da Casa: 19 dos 29
vereadores. Não há prazo para julgamento conclusivo sobre o tema.
No caso da
prestação de contas de 2017, os técnicos do TCE-RN apontam as seguintes
irregularidades:
- Não remessa, no prazo legal, de todos os documentos/informações que compõem a prestação de contas;
- Inconsistência das informações contábeis;
- Descumprimento do prazo legal quanto ao envio dos instrumentos de planejamento LDO e LOA para o TCE/RN;
- Inobservância dos preceitos legais e constitucionais aplicáveis aos instrumentos de planejamento (PPA, LDO e LOA);
- Renúncia de receita sem atendimento às disposições legais;
- Abertura de créditos adicionais suplementares com fundamento em superávit financeiro sem a existência de tal superávit apurado no balanço patrimonial do exercício anterior;
- Não atingimento da meta de resultado primário e ausência de medidas de limitação de empenho e movimentação financeira;
- Apuração de déficit orçamentário evidenciando desequilíbrio das contas públicas;
- Repasse ao Poder Legislativo ultrapassou o limite máximo estabelecido na Constituição Federal;
- Atraso nos repasses das contribuições previdenciárias ao Regime Próprio de Previdência Social e ausência de pagamento de parcelas da dívida previdenciária
Por causa desses
problemas, os técnicos pedem que seja aberta uma ação específica no TCE para
apuração de responsabilidade do gestor e aplicação de sanção.
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