A prefeita do município de Olho D’água do Borges, Maria Helena Leite, pegou a caneta e não tem poupado tinta desde o início do ano, demitindo cargos comissionados e o pessoal das terceirizadas, que não admitem de forma alguma votar na sua candidata, e nomeando aqueles que se despõem trocar o seu voto por um emprego com o prazo de validade para setembro.

De acordo com informações das fontes infiltradas nos intramuros do poder municipal, é que existe uma enorme lista com nomes de comissionados e terceirizados que serão demitidos nos próximos dias, ou que deveria já ter acontecido. Mas parece que está faltando coragem para fazer isso, por conta da repercussão negativa que isso pode causar, pois vão ter que preencher esses cargos vagos com seus próprios correligionários. 

Enquanto a prefeita demite os servidores que não aceitam votar em sua candidata, por outro lado, as repartições públicas estão completamente lotadas de pessoas contratadas, sem ter espaço para acomodação e nem o que fazer, só para sustentar o voto dessas pessoas e suas famílias, para sua candidata. Nas escolas e creche, por exemplo, existem quase um funcionário para cada aluno. Em outros casos, tem pessoas que estão sendo “contratados” e mandados para casa e ficar sem trabalhar. 

De acordo com a legislação eleitoral, em ano de eleições municipais, prefeitos, presidentes das Câmaras Municipais e gestores de órgãos públicos municipais estão impedidos de nomear, contratar, ou de qualquer forma admitir funcionários. Também é vedado demitir sem justa causa, dificultar o exercício funcional ou exonerar servidor público. 

É importante também frisar que a perseguição política a servidores municipais, constitui ato de improbidade administrativa, caracterizado pelo desrespeito aos princípios da Administração Pública. 

Mas infelizmente parece que aqui a legislação é diferente do resto do Brasil e em quanto isso, a dança das cadeiras continua escancarada em Olho D'água do Borges.