O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) abriu
uma investigação para apurar um possível crime de peculato por parte do
vereador da cidade de Itajá (RN) José Valderi de Melo (PP), que também é
presidente da Câmara da cidade.
O processo de apuração foi publicado no Diário Oficial do
Estado (DOE) nesta terça-feira (4), dias após o parlamentar aparecer em um
vídeo dizendo que empregava pessoas em troca de apoio das famílias e que ganha
um salário mensal de R$ 10 mil “com roubo, com tudo”.
O crime de peculato ocorre quando há desvio ou
apropriação, por parte de um funcionário público, de um bem a que ele tenha
acesso por causa do cargo que ocupa, mediante abuso de confiança.
O procedimento, segundo o MP, é para investigar possível
prática do crime de peculato, “além de outros eventuais delitos penais” por
parte do vereador José Valderi de Melo.
De acordo com o Ministério Público do RN, o Procedimento
Investigatório Criminal contra o vereador foi instaurado pela Promotoria de
Ipanguaçu, que é responsável pela cidade de Itajá.
”Salário de 10 mil conto, com roubo, com tudo’
As declarações registradas em vídeo foram feitas
aparentemente em um bar, onde o parlamentar foi filmado consumindo bebida
alcoólica com outras pessoas. O vídeo foi parar nas redes sociais e causou
polêmica.
“Eu botei 15 empregados (na Câmara). Já tinha 10, ai eu
botei mais 15. Eu tenho apoio para vereador, tenho tudo, da família todinha”,
diz em um trecho do vídeo.
“Eu hoje tenho um salário de 10 mil conto (R$ 10 mil),
com roubo, com tudo”, afirma ao interlocutor, que pergunta sobre o uso das
verbas do Legislativo municipal.
O que diz o vereador
Em nota, o presidente da Câmara Municipal de Itajá
afirmou que o vídeo “foi retirado completamente de seu contexto original”.
“O referido vídeo foi gravado em um ambiente de lazer,
onde prevalecia um clima de descontração. As declarações feitas no vídeo foram
proferidas em tom de ironia e deboche, não representando de forma alguma a
verdade, nossas opiniões ou posturas oficiais”, informou o parlamentar.
Ainda de acordo com a nota, antes das perguntas exibidas
no vídeo, o interlocutor fazia várias bravatas, contribuindo para o tom jocoso
da conversa. Ainda de acordo com o vereador, o diálogo realizado após o trecho
do vídeo exibido deixaria claro todo o contexto.
“Infelizmente o vídeo divulgado não inclui essas partes
cruciais, que tornariam claro o caráter brincalhão da interação”, diz a nota.
G1/RN.
Do Blog: Bem que o Ministério Público de Umarizal, como defensor da ordem jurídica e dos interesses da sociedade, e pela fiel observância da Constituição e das leis, deveria seguir o bom exemplo, e abrir uma investigação para apurar o mesmo crime praticado na câmara Municipal de Olho D'água do Borges, com relação a contratação ilegal de pessoas em troca do voto do "contratado" e de seus familiares. COM A PALAVRA O MP.
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