Maior hospital do Rio Grande do Norte, o Walfredo Gurgel
fechou três de suas sete salas de cirurgia para abrigar pacientes nesta
quinta-feira (22). As salas de cirurgia estão sendo usadas como locais de
internação e portanto impedidas de serem utilizadas para a realização de
cirurgias. O cenário registrado nesta quinta, e denunciado pelo Sindicato dos
Trabalhadores e Trabalhadoras da Saúde do RN (Sindsaúde RN), é mais um da crise
de superlotação enfrentada pela unidade desde a segunda-feira (19).
De acordo com o levantamento do Sindsaúde, até a tarde desta quinta-feira (22), oito pacientes estavam distribuídos em três salas, sendo quatro na Sala 1 e três na Sala 2. Ainda conforme o sindicato, a terceira sala abriga um paciente que aguarda vaga em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Outras 13 pessoas pós-cirurgiadas aguardam na Sala de Recuperação. Ao todo, 21 pacientes são afetados pela situação atual.
A coordenadora do sindicato, Rosália Fernandes, explicou
que isso ocorre por conta da falta de vagas nas enfermarias. “Quando os
pacientes fazem as cirurgias, o certo era eles ficarem lá até passar o efeito
da anestesia e depois irem pras enfermarias, para os quartos. Porém, como não
há vaga nas enfermarias, os pacientes ficam acumulados na sala de recuperação”,
disse.
Procurada pela reportagem da TRIBUNA DO NORTE, A Secretaria de Saúde Pública do
RN (Sesap) confirmou a superlotação. Em nota, a pasta afirmou que trabalha para
desafogar a unidade, a qual recebeu mais de 6,4 mil pessoas no pronto-socorro
durante o mês de julho. A unidade apontou ainda que casos de AVC e ortopedia
apresentam aumentos de 27,8% e 10,3%, respectivamente.
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