O Rio Grande do Norte deve obter uma receita extra de
ICMS em cerca de R$ 100 milhões a partir de 2025. Isso porque o Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz) aprovou, na semana passada, um
reajuste nas alíquotas de ICMS para combustíveis a partir de fevereiro de 2025.
As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União na edição do último dia
31 de outubro.
Pelas mudanças, o valor fixo do imposto sobre a gasolina
aumentará em 10 centavos de reais e sobre o diesel em 6 centavos de reais.
Desde maio de 2023, o modelo de cobrança do ICMS sobre diesel e gasolina mudou
para o formato “Ad Rem”, ou seja, um valor fixo por litro. Atualmente, o ICMS é
de R$ 1,37 por litro para a gasolina e de R$ 1,0635 para o diesel. Com o novo
aumento aprovado, a partir de 2025, o valor por litro passará para R$ 1,47 na
gasolina e R$ 1,12 no diesel.
Com base nos preços médios atuais, a cobrança do ICMS
equivale hoje a uma alíquota de 22,7% para a gasolina e 17,81% para o diesel,
segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Com o novo reajuste, essas
alíquotas subirão para cerca de 24,3% e 18,7%, respectivamente.
Especialistas do setor estimam que o impacto direto na
arrecadação do Rio Grande do Norte será significativo, já que o aumento na
tributação deve trazer uma receita adicional importante ao Estado ao longo de
2025.
Na avaliação do presidente do Sindicato do Comércio
Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos-RN),
Maxwell Flor, a entidade avalia com “preocupação” os reajustes. Ele cita que é
a segunda alteração de preço desde as mudanças no ICMS.
“O Sindipostos vê com preocupação esses reajustes, pois
percebemos que a cada reajuste, o percentual desse imposto na composição de
preço dos produtos acaba se tornando maior, e nesse ritmo logo chegaremos aos
29% que era cobrado antes da mudança. Num segmento onde se pratica margens
bastante reduzidas, é inevitável que esses reajustes sejam repassados para as
bombas”, acrescenta.
“Consequentemente, sempre que temos aumento nos preços
dos combustíveis, naturalmente as vendas diminuem, pois o consumidor procura
uma forma de manter aquele valor do seu orçamento que ele já disponibilizava
para comprar esse produto”, finaliza Maxwell Flor.
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