O presidente Lula (PT) sancionou a lei que limita o
reajuste do salário mínimo a 2,5% acima da inflação de 2025 a 2030.
A medida faz parte do pacote de corte de gastos
obrigatórios, proposto pelo governo Lula e aprovado pelo Congresso Nacional há
cerca de dez dias.
Com a nova regra, o piso salarial para 2025 deve ficar em
R$ 1.518, com aumento de R$ 106 em relação aos R$ 1.412 do salário mínimo
atual.
O valor só será oficializado nos próximos dias, por meio
de decreto presidencial a ser editado.
A nova regra de reajuste tem como objetivo adequar o
crescimento do salário mínimo aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal.
Dessa forma, o salário mínimo crescerá de 0,6% a 2,5% ao ano acima da inflação.
A política atual de reajuste continua valendo. Desde
2023, o salário mínimo é corrigido pela soma da inflação medida pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 12 meses até novembro, e do
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
A diferença é que haverá um teto de reajuste em 2,5%
acima da inflação.
Aprovada pelo Congresso no último dia do ano
legislativo, a lei do salário mínimo deverá gerar economia de R$ 15,3
bilhões nos próximos cinco anos.
Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias, cada R$ 1 de
aumento do salário mínimo eleva os gastos em R$ 392 milhões, principalmente por
causa da Previdência Social e dos benefícios vinculados ao mínimo, como o
Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Pela regra anterior, o salário mínimo para 2025 ficaria
em torno de R$ 1.528. Isso equivale à inflação pelo INPC de 4,84% nos 12 meses
terminados em novembro, mais o crescimento de 3,2% do PIB em 2023.
Com o novo teto, a parcela do crescimento do PIB estará
limitada a 2,5%, levando ao novo valor de R$ 1.518.
O novo salário só começará a ser pago no fim de janeiro ou início de fevereiro, referente aos dias trabalhados em janeiro de 2025.
Agência Brasil.
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