O pacote tributário de Fernando Haddad (Fazenda),
travestido de corte de gastos, não convenceu analistas do mercado financeiro
que veem chance de a manobra gerar um déficit ainda maior dos que os R$100
bilhões projetados. Até a arrecadação com a taxação de lucros causa
desconfiança, “empresários podem simplesmente não distribuir seus dividendos”,
explica o economista Igor Lucena, da Amero Consulting. Para Lucena, os números
de Haddad “não são confiáveis”.
Abismo à frente
“Não há interesse em combater o déficit fiscal”, diz
Lucena ao citar os R$ 100 bilhões devidos e os R$ 35 bilhões que podem ser
economizados.
Gasta muito e mal
A merreca que o “corte” pode poupar está longe de
resolver a questão fiscal. O analista diz que o mercado já projeta inflação
acima dos 5%.
Falta corte no corte
Lucena lembra das estatais deficitárias, ignoradas por
Haddad, “Esse buraco de estatais ineficientes termina sendo pago pelos
impostos”.
Pernas curtas
A reação do mercado financeiro veio logo cedo. Enquanto
“Malddad” explicava o corte fake, o dólar disparou e a cotação bateu os R$ 6.
Diário do Poder
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