O novo presidente da Federação dos Municípios do Rio
Grande do Norte (Femurn), Babá Pereira (PL), anunciou a suspensão de todos os
contratos em execução na entidade, com exceção do que prevê o desenvolvimento
do Diário Oficial. O anúncio foi feito em entrevista ao jornal Diário do RN,
publicada nesta quarta-feira (22).
“Todos os contratos foram suspensos. Iremos analisar caso
a caso e dentro da capacidade de pagamento da entidade”, informou Babá, sem
responder a mais questionamentos sobre o assunto.
Entre os contratos suspensos, está um com a empresa
Civitas Melo Cardim Ltda., que pertence a Alan Gomes Cardim, braço direito do
agora ex-presidente Luciano Santos (MDB). Como mostrou a 98 FM, o contrato com
a Civitas foi assinado por Luciano no apagar das luzes da última gestão, em 10
de janeiro.
O contrato prevê serviços de “publicidade, propaganda e
marketing” – o que inclui gestão de contas nas redes sociais, assessoria de
comunicação, criação de peças publicitárias, produção de vídeos e realização de
pesquisas. O valor previsto é de R$ 26,5 mil por mês, ou seja, R$ 318 mil por
ano.
A duração do contrato era de dois anos, mesmo tempo da
gestão de Babá Pereira. Com a possível manutenção do acordo, Luciano deixaria
um aliado em um posto estratégico da gestão da Femurn mesmo após deixar o
comando da entidade.
Ex-prefeito de São Tomé, Babá Pereira tomou posse na
presidência da Femurn no dia 15 de janeiro, após ser eleito em uma disputa
contra o prefeito de Pedra Grande, Pedro Henrique (PSDB).
Procurado pelo Diário do RN, Luciano Santos afirmou que a
contratação da Civitas foi regular e que já estava em período de renovação. Ele
explicou que houve cotação e que a empresa de Alan Cardim apresentou o menor
preço. Além disso, Luciano Santos explicou que o valor previsto em contrato não
precisa ser completamente utilizado: “É um contrato global, mas ela recebe pelo
que realiza. R$ 5 mil, R$ 3 mil, R$ 2 mil, dependendo do trabalho”.
98 FM
0 comentários:
Postar um comentário