O senador Styvenson Valentim (Podemos) parece ter
compreendido que, na política, a adaptação é tão importante quanto a convicção.
Até as eleições de 2022, sua postura apolítica e muitas vezes ríspida gerava
desconforto tanto no eleitorado quanto entre os líderes políticos do Rio Grande
do Norte. Prefeitos e lideranças regionais evitavam alianças com o senador,
que, isolado, amargou uma terceira colocação na disputa pelo governo estadual,
conquistando apenas 307.330 votos (16,80%), menos da metade dos 745.827 que o
elegeram senador em 2018.
Diante do insucesso, Styvenson realizou uma autocrítica e
prometeu mudar. “Vou utilizar todas as armas que os outros usam”, afirmou em
entrevista à 98 FM, sinalizando uma ruptura com sua antiga abordagem. Hoje, é
evidente que ele cumpriu o prometido: Styvenson se consolidou como um político
com presença ativa tanto em Brasília quanto no RN, tornando-se um dos nomes
mais bem avaliados para as eleições futuras.
Sua atuação vai além dos corredores do Senado,
refletindo-se em uma forte e transparente presença no Rio Grande do Norte. Com
uma fiscalização rigorosa e um compromisso evidente com a aplicação de
recursos, Styvenson tem beneficiado todos os municípios potiguares,
direcionando investimentos para as mais diversas áreas, como saúde, educação,
infraestrutura e segurança pública. Esse desempenho consistente e abrangente
tem chamado a atenção e conquistado respeito, consolidando-o como um dos
principais nomes para a sucessão da governadora Fátima Bezerra (PT) ou para uma
reeleição ao Senado, onde já demonstrou ser uma liderança estratégica e
eficiente.
Entretanto, o caminho para o Governo do RN não é livre de
obstáculos. Apesar de sua crescente viabilidade política, Styvenson precisa
unificar a oposição em torno do seu projeto, o que inclui desafios como a
rivalidade com o também senador Rogério Marinho (PL), que insiste em concorrer
mesmo com menor respaldo. Além disso, reconciliações estratégicas, como com o
prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), seriam cruciais para
consolidar uma chapa forte e competitiva.
O cenário atual é favorável: o desgaste da governadora
Fátima Bezerra, a falta de um nome viável no PT e as dificuldades de
articulação do vice-governador Walter Alves (MDB) criam um vácuo que Styvenson
pode preencher. Resta saber se o senador, agora reinventado, conseguirá
capitalizar sua nova postura e habilidades para se tornar, de fato, a liderança
de que o RN precisa.
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