Em entrevista ao programa “Ligado nas Cidades”, da Jovem
Pan News Natal, na manhã desta quarta-feira (5), o atual presidente –
recentemente eleito – da Federação dos Municípios do Estado do Rio Grande do
Norte (Femurn), Babá Pereira (PL) falou dos desafios do novo mandato: aumento
do ICMS para as cidades e aumento do FPM (Fundo de Participação dos
Municípios).
Babá presidiu a Femurn entre 2021 e 2023, quando era
prefeito de São Tomé, na região do Potengi. Ele foi gestor da cidade em quatro
ocasiões.
No final do ano passado, a ALRN aprovou o projeto que
aumenta a alíquota modal do ICMS em 20%. A partir de Abril, os recursos
advindos do imposto serão repassados para os municípios. Lembrando que o
Governo do Estado precisa repassar 25% do valor deste tributo estadual para as
cidades do RN.
“Os municípios têm que incentivar cada vez mais os
contribuintes com arrecadação local, principalmente no comércio local. É
importante que os municípios fazem essa fiscalização, porque quanto mais você
se arrecada lá, às vezes tem um comércio que os impostos não pagam
corretamente, acabam influenciando na arrecadação municipal”, explicou o
presidente da Femurn, Babá Pereira.
“Todo ano o Estado publica a relação dos índices de cada
município, que varia de município para município, quando uma cidade tem
plantação de parque eólico, geralmente esse valor do repasse aumenta porque
cresce o índice. E é um bolo só, quando o município cresce, o outro diminui”,
revelou o presidente.
FPM
O Fundo de Participação dos Municípios é uma
transferência de recursos prevista em lei da União para os Estado e o Distrito
Federal. Os repasses são feitos a cada dez dias e são compostos da arrecadação
de tributos federais, sempre sobre o montante referente ao decêndio anterior ao
repasse.
Como algumas cidades diminuiram o número de habitantes e,
consequentemente, o índice de repasse, o aumento da porcentagem do repasse do
Governo Federal virou uma solução para essas cidades.
“A gente (Femurn) tem trabalhado muito, principalmente
nessas pautas a nível de Brasília, porque é uma recuperação 1,5% a mais do FPM.
Seria uma injeção direta do Fundo de Participação, ajudaria muito esses
municípios que terão essa redução na arrecadação”, falou.
Planejamento
As expectativas deste ano para os municípios não são as
melhores, segundo Babá Pereira. O gestor acredita que é essencial que os
prefeitos saibam administrar e organizar bem as finanças locais para que não
fiquem no sufoco no final do mandato.
“Esse ano, segundo informações econômicas, nosso país vai
passar por uma recessão muito grande. Isso daí é uma informação muito
preocupante. A gente espera que a partir de junho e julho as coisas comecem a
dificultar. Se você não tiver um caixa nesses seis meses, apesar de que, com
nossa luta municipalista, já conseguimos 1% a mais em julho, 1% mais em
setembro, 1% a mais em dezembro. O que dar um fôlego nas finanças do
município”, detalhou.
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