Professores da rede estadual de ensino do Rio Grande do
Norte aprovaram nesta quarta-feira (19) um indicativo de greve por tempo
indeterminado. A decisão aconteceu em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores
da Educação (Sinte) no Centro Administrativo do Estado, em frente à
Governadoria.
O indicativo de greve significa que a maioria da
categoria concorda com a paralisação. A data do início do movimento, porém,
ainda será definida pelo sindicato em outra assembleia que ocorrerá em 25 de
fevereiro, às 14h.
O principal ponto de reivindicação dos professores é um
reajuste salarial de 6,27% para toda a carreira. O Governo do Estado, por sua
vez, tem afirmado que só garante a aplicação do reajuste, neste momento, para
quem ganha abaixo do piso nacional (definido pelo Ministério da Educação em R$
4.867,77).
O novo piso salarial do magistério foi definido pelo MEC
no início deste ano. O reajuste fixado foi de 6,27%. A Lei Complementar
322/2006, válida apenas no Rio Grande do Norte, estabelece que reajustes
salariais dados aos professores devem ser aplicados para toda a carreira,
inclusive aposentados e pensionistas. É uma particularidade do Rio Grande do
Norte, e não uma exigência federal.
Todos os anos, o Ministério da Educação reajusta apenas o
piso nacional (válido para o nível mais básico). Segundo a legislação federal,
estados e municípios são obrigados a seguir apenas este valor, mas, no RN, o
gatilho da Lei Complementar 322/2006 força o governo a aplicar o aumento para
toda a categoria.
Apesar do impacto financeiro, a governadora Fátima
Bezerra (PT) sempre defendeu que a lei fosse cumprida. Só que neste ano, pela
primeira vez, o Estado não garante efetuar o pagamento para toda a categoria. A
gestão estadual se ampara numa decisão judicial do ano passado que suspendeu o
pagamento dos reajustes de 2023, a pedido do Ministério Público.
98 FM Natal
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