Os repasses que são de responsabilidade da União para
cofinanciamento dos serviços e dos programas e projetos de assistência social
nos Estados e nos Municípios já acumulam déficit de R$ 46 milhões em 2025.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realiza monitoramento
constante e identificou que as quantias repassadas referente a janeiro
correspondem a 75% do valor pactuado, conforme dados divulgados pela entidade
nesta quinta-feira, 13 de março.
Foram repassados aos Municípios cerca de R$ 139,8 milhões
para os serviços ofertados nos Cras, Creas e Unidades de Acolhimento, sendo que
o valor pactuado para o mês era de ao menos R$ 186,4 milhões. A maior
contingência de recursos foi referente ao Cras, onde a demanda reprimida ficou
em mais de R$ 31 milhões. Para o Creas, deixaram de ser pagos R$ 9,9 milhões e
para as unidades de acolhimento, R$ 5,6 milhões. Isso somado aponta para uma
demanda reprimida de cerca de R$ 46,6 milhões aos cofres municipais já para o
início de 2025.
A demanda reprimida é consequência de medidas de ajuste
fiscal como a Emenda Constitucional 95/2016, que estabelece o teto de gastos, e
a Portaria MC 2.362/2019, que trata dos critérios de repasse. “Essa diferença é
prejudicial aos Municípios, compromete a qualidade e a cobertura dos serviços,
agrava e acentua as desigualdades regionais, dificultando ainda mais o acesso
da população aos serviços de proteção social”, alerta o presidente da entidade,
Paulo Ziulkoski.
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