Em março de 2025, o governo gastou R$ 1,3 milhões pagando
horas suplementares para professores do Estado. Esse número saltou para 3,8
milhões em abril, sem nenhuma explicação clara para tamanha diferença.
Além desse gasto exacerbado com dinheiro do FUNDEB,
também houve aumento de cerca de 22% no valor das horas extras pagas para os
professores da rede estadual de ensino.
Tudo isso de um mês para o outro.
O Estado conta com 20 mil professores no total, mas apenas 10 mil estão nas salas de aula, segundo dados do SIGEDUC, e desses, 5 mil são temporários.
São entre 9 mil e 10 mil professores em desvio de função na rede estadual de ensino!
E, mesmo assim, o governo estuda realizar mais um concurso público para o magistério. Isso ao invés de trazer de volta à sala de aula aqueles que estão ocupando vagas administrativas, bem longe do ensino.
Horas suplementares beneficiam professores em desvio
de função
Apesar do plano de carreira dos professores definir que
as horas suplementares são para atividades na unidade escolar, a secretaria de
Educação distribui o extra para professores que estão lotados no Órgão Central,
nas DIRECs e nas DRAEs.
Ou seja, professores que estão longe da sala de aula recebem até 10h suplementares todos os meses, mesmo sem dar uma aula.
SINSP vai denunciar para órgãos de controle
Esse aumento inexplicado será denunciado ao Ministério
Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas da União (TCU) por se tratar de
recursos do FUNDEB, como também para o Ministério Público do Rio Grande do
Norte.
Fonte: SINSP
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